CONTEMPORÂNEA - Número 04 - Março de 2016
CONTEMPORÂNEA: a volta de uma quase REVISTA
É com muita satisfação que a Contemporânea: uma quase revista volta a ser publicada. Depois de três bonitos números em 2012 e 2013, parecia que ela teria o destino de muitas pequenas publicações, o da vida efêmera. Mas, ei-la de volta, desta vez, esperamos, para não mais perecer. O time está reforçado. Michelle Carreirão Gonçalves, Raumar Rodríguez Giménez e Wagner Xavier Camargo compõem um pequeno e vibrante conselho editorial. Lisandra Invernizzi segue na editoria técnica, eu reassumo a direção geral.
O intuito permanece o mesmo: externar palavras e ideias, formas e intervenções, de maneira livre e desimpedida. Escrever. E ler. Sociedade, cultura, arte, educação, esporte, são temas que nos têm interessado, entre tantos que podem ser abordados.
Este quarto número abre com três textos sobre experiências de estar nas cidades. Michelle Carreirão Gonçalves, Laís Elena Vieira e Beatriz Staimbach Albino abordam o tema sob diferentes perspectivas, cada uma em relação a uma cidade – e uma maneira de vive-la. Eduardo Galak e Emiliano Gambarotta ocupam-se de temas da política. O primeiro retoma uma polêmica que tem origem na outorga do Prêmio Adorno a Judith Butler (Contemporânea n. 3), em 2012, mas que avança para questões de fundo em relação aos conflitos no Oriente Médio. O segundo se ocupa de alguns aspectos da complexa cultura política argentina – e não só dela – materializados na última corrida eleitoral do país vizinho. A revista prossegue com uma mirada crítica de Hugo Lovisolo sobre a campanha de saúde e de mídia do Novembro Azul, e com um texto sobre os impasses da experiência de comer e narrar no contemporâneo, de Thiago Perez Jorge. Já fechando, uma resenha do livro Para-Heróis, de Joanna de Assis, escrita por Wagner Xavier Camargo, em que são problematizados vários dos lugares-comuns a respeito da deficiência no Brasil. A quase revista arremata com um breve texto meu em homenagem a Paco de Lucía, cuja morte acaba de completar dois anos.
Leiam, escrevam, desfrutem.
Berlim (mas também Rio de Janeiro, Florianópolis, Campinas), março de 2016.
Alexandre Fernandez Vaz
(e Michelle Carreirão Gonçalves, Raumar Rodríguez Giménez, Wagner Xavier Camargo).